MAU TEMPO
Por enquanto, a gata naufraga num refugo de Sol. Insolente, desperdiça a vida, vivendo-a. Saberá ela que tem sete?
Uma cerca de nuvens conspira a restauração da sombra. O vento ladra nas persianas. Os pássaros leram nas folhas dos ulmeiros a tempestade. E partiram aos bandos para o azul mais alto que há nos primeiros quadros de um pintor esquecido.
Quando pressentes a noite ao meio-dia, já sabes, que é inverno. E mesmo que, em pijama, te banhes numa caneca de chá e te seques depois na margem dos biscoitos, o mau tempo recorda-te que és carbónico e pouco mais do que isso.
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