De seu nome Rodrígo Emílio de Alarcão Ribeiro de Melo nasceu em Lisboa em 1944 e em Lisboa faleceu em 2004. Jornalista e poeta, nacionalista identificado com o Estado Novo, foi considerado, em Abril de 1974, “irrecuperável para a democracia”, saneado da televisão portuguesa, exilando-se para Espanha e depois para o Canadá e Brasil. Regressou a Portugal em 1980
POR PORTUGAL – E MAIS NADA
Arraial, Arraial (de porrada)
Por Portugal - e mais nada.
Arraial, Arraial (de porrada)
Por Portugal - e mais nada.
Quem do alto
de tanta sela e montada,
tanta vez, em sobressalto,
pôs Castela em debandada …
- … Pode lá ver, pela frente
pode lá ter, por diante
apenas gente aparente
… Gente de sangue rafeiro
(sem que se exalte e se zangue
o seu Rompante Guerreiro).
Arraial, Arraial (de porrada)
Por Portugal - e mais nada.
Arraial, Arraial (de porrada)
Por Portugal - e mais nada.
Na imagem de vitral
do 'spiritual cavaleiro -
medalhão medieval,
aos pés do qual me consterno …
- Está ou não
Portugal de Portugal? …
Está ou não
Portugal, inteiro, e Eterno?! …
Arraial, Arraial (de porrada)
Por Portugal - e mais nada.
Arraial, Arraial (de porrada)
Por Portugal - e mais nada.
Do alto, lá do seu posto,
atenda Ele, ao recado
que me foi lançado em rosto,
derramando o Seu desgosto
sobre a data já remota,
- Dia 14 d’ Agosto:
quadrado d' Aljubarrota!
Arraial, Arraial (de porrada)
Por Portugal - e mais nada.
Arraial, Arraial (de porrada)
Por Portugal - e mais nada.
E ali, a mim me reúno
à sombra de uma Bandeira
Que me quis sagrar aluno
de D. Nuno Álvares Pereira
Que do Alto
de tanta sela e montada
pôs Castela em debandada.
Arraial, Arraial (de porrada)
Por Portugal - e mais nada.
Arraial, Arraial (de porrada)
Por Portugal - e mais nada.
Saia, de novo, a terreiro
- d' atalaia e a dar ajuda -
todo o povo. O povo inteiro outra vez
contra o estrangeiro
nos acuda:
Ponha a andar d' aqui o Andeiro
a tal arraia-miúda!
Arraial, Arraial
(de porrada )
Por Portugal
- E mais nada.
POEMA ANTI-YANKEE À BOLSA DE NOVA IORQUE, WITHOUT LOVE.
Ó idolatras dos dólares,
energúmenos dos números:
-Guardai as vossas esmolas
para a Europa dos chulos...
E ficai-vos com os trocos;
ou cambiai-os em rublos!...
LÁPIDE
Não vos escondo
que quando vim
a capital do meu sonho
era Berlim.
Só que Berlim
Já 'stava a arder
e eu, por mim,
não Lhe pude valer.
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