segunda-feira, 5 de novembro de 2018

[0377] De novo, Maria Helena Sato

Maria Helena Sato nasceu em Cabo Verde (antes colónia portuguesa, hoje República de Cabo Verde, África - não confundir com o Cabo Verde do Brasil). É mestre em Comunicação, com pós-graduação em Literatura, Comunicação Social, Comunicação Corporativa Internacional e especialização em Recursos Humanos, é bacharel em Letras. Após carreira na área corporativa (nas áreas de Comunicação, Responsabilidade Social e Memória Empresarial), exerce atualmente o ofício de Tradutora Pública e Intérprete Comercial (Inglês, Francês e Espanhol) nomeada para o Estado de São Paulo e participa de projetos socioculturais. 


CONSTELAÇÕES

Do timoneiro a casa,
do capitão,
marinheiro,
é sempre a casa do mar.
Aprendem letras em terra,
mas só entendem
de ventos,
horóscopos a decifrar.
A carta do canoeiro,
do viajor,
pescador,
é uma estrela
no céu.


ANOTAÇÕES

O guardião dos recifes
zela – diz – pela história do mar.
E o mar sem memória
passa o tempo a inscrever
na erosão das encostas
o que não quer
esquecer.


TECELÃ

Fios
trajeto do meu
olhar.
Caem sobre
os ombros,
desvelos,
voltam
medem
novelos se
entrelaçam
inexatos
prolongam
correm e
crescem
decibéis
sílabas
canções
para te alcançar.

Sem comentários:

Enviar um comentário