Nascido em 1942 em Vilar da Veiga (Gerês), César Príncipe é jornalista, crítico de arte, escritor e poeta.
CORO DAS AZINHEIRAS
Afinal morreste
Em 23 de Fevereiro
Apressou-se
O Estado
A lamentar
A ocorrência
Até a TVA consciência
Ano da Morte do Zé
E do Zé PoVinho
Tempo de esCravos
Sem flores
Sem espingardas
Do Coro dos Caídos
Do Povo Unido
De cães de estimação
E de vacas sagradas
Nesse dia
Foste recorDado
A cantar
A alvorada
A que se levanta
E nos desperta
Na assombração
A tua profissão
Nunca
Foi o silêncio
E não seria
Em 23 de Fevereiro
Que conseguiriam
Calar
O Bairro Negro
Proibir
Um Menino de Oiro
Ignorar
O Coro das Azinheiras
Portugal
MadrugaDor
De século em século
Quando obedecerás
De novo
A uma canção
Portugal
Sem alma
Sem CORação
Sem sexo
Entregue
A ladrões de estirpe
E ladrões de ocasião
Zeca
Regressa
Traz
Outro amigo também
Traz
Traz
Outra vila morena
Ao Zé Ninguém
Em cada Novo Abril
Em cada Novo Maio
Retransmitirás
A senha
A quem
Vier por bem
Conta connosco
Conta sempre
Com alguém
Vem
Amigo
Vem
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