Pseudónimo de Francisco Ruiz Moniz Barreto, Rui Nogar nasceu na antiga Lourença Marques em 1935 e faleceu em Lisboa em 1994.
Integrou o núcleo reunido em torno de Noémia de Sousa, declarado inimigo do colonialismo português, o que lhe valeu ter sido preso pela PIDE. Poeta, contista e diplomata, depois da independência de Moçambique foi deputado à sua Assembleia Nacional, director do Museu da Revolução, director da Cultura e secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos. Procurou aproximar-se dos povos moçambicanos com a sua linguagem rasa, não temendo forçar a sua plasticidade.
O poema que hoje apresentamos foi musicado por Fausto (Fausto Bordalo Dias) e incluído no seu disco "A Preto e Branco", saído em 21 de Novembro de 1989.
Integrou o núcleo reunido em torno de Noémia de Sousa, declarado inimigo do colonialismo português, o que lhe valeu ter sido preso pela PIDE. Poeta, contista e diplomata, depois da independência de Moçambique foi deputado à sua Assembleia Nacional, director do Museu da Revolução, director da Cultura e secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos. Procurou aproximar-se dos povos moçambicanos com a sua linguagem rasa, não temendo forçar a sua plasticidade.
O poema que hoje apresentamos foi musicado por Fausto (Fausto Bordalo Dias) e incluído no seu disco "A Preto e Branco", saído em 21 de Novembro de 1989.
XICUEMBO
eu bebeu suruma
dos teus ólho Ana Maria
eu bebeu suruma
e ficou mesmo maluco
agora eu quer dormir quer comer
mas não pode mais dormir
mas não pode mais comer
suruma dos teus ólho Ana Maria
matou sossego no meu coração
oh matou sossego no meu coração
eu bebeu suruma oh suruma suruma
dos teus ólho Ana Maria
com meu todo vontade
com meu todo coração
e agora Ana Maria minhamor
eu não pode mais viver
eu não pode mais saber
que meu Ana Maria minhamor
é mulher de todo gente
é mulher de todo gente
todo gente todo gente
menos meu minhamor
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