Com vida intensa e multifacetada, Nuno Rebocho nunca recusou amores quando estes lhe bateram à porta. Ao seu modo, agarrou-os, viveu-os e cantou-os. Teve os seus momentos de felicidade.
CANTO DE AMOR
cavalga amor que eu sou cavalo
beija-me mulher que eu sou rosto
mastiga-me absorve-me que eu sou vento
bebe-me lentamente que sou mosto
fornica-me possui-me que eu sou terra
esvazia-me mulher que eu sou incesto
conquista-me preenche-me que sou tudo
devora-me repousa-me que sou o resto
abrasa-me em canseira em verde em chama
percorre-me o sexo que transpira vida
mastiga-me a alma vomita-me na cama
porque sou a cólera a causa adormecida
sou o teu nome o deserto o espaço a lama
o universo o tema o amor a comida
Sem comentários:
Enviar um comentário