quinta-feira, 20 de setembro de 2018

[0161] Pablo Neruda, um poema
















Pablo Neruda (Parral, 1904 - Santiago, 1973), foi um poeta chileno, considerado um dos mais importantes poetas da língua castelhana do século XX. Recebeu o Nobel de Literatura em 1971, enquanto ocupava o cargo de embaixador na França, nomeado pelo então presidente chileno Salvador Allende.


POEMA 12

Para mi corazón basta tu pecho,
para tu libertad bastan mis alas.
Desde mi boca llegará hasta el cielo
lo que estaba dormido sobre tu alma.
Es en ti la ilusión de cada día.
Llegas como el rocío a las corolas.
Socavas el horizonte con tu ausencia.
Eternamente en fuga como la ola.
He dicho que cantabas en el viento
como los pinos y como los mástiles.
Como ellos eres alta y taciturna.
Y entristeces de pronto, como un viaje.
Acogedora como un viejo camino.
Te pueblan ecos y voces nostálgicas.
Yo desperté y a veces emigran
y huyen pájaros que dormían en tu alma.

6 comentários:

  1. Obrigado, Amigo Saial.
    Jà vai no N°0161 e so agora descobro este tesouro.
    Espero poder aparecer sempre que possivel.
    Abraço a todos

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigado por ele, caro Valdemar,
      Apareça sempre, para trazer um ar de Cabo Verde caldeado pelo de França.

      Abraço,
      Nuno Rebocho

      Eliminar
  2. Não conhecia esta veia poética do Joaquim Saial, que vou acompanhar com atenção. Estes 3 poemas são bem uma mostra do que virá.
    Também só agora é que tomo conhecimento deste espaço, e estranho porque já vai no post 161. A verdade é que espaços destes dedicados à poesia são bem vindos.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, caro Adriano,
      Parece que lhe deu agora para ali. Apareça sempre, pois Cabo Verde fica bem aqui à janela.

      Grande abraço,
      Nuno Rebocho

      Eliminar
  3. Também eu não conhecia esta veia poética do caro Joaquim Saial. Assim, mais me congratulo por o ler - autor de uma poesia desempoeirada, sem lirismos de baixa escala e rodriguinhos pernetas. Pelo contrário, uma poesia escorreita, saborosa e desconstruindo excelentemente o discurso. Em suma - bom material. Fico muito satisfeito e envio-lhe um abraço cordial!
    Nicolau Saião

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro Nicolau Saião, o JS, em primeiro lugar, saúda este mais que simpático reencontro; em segundo, refere que poetas há aqui muitos, entre Rebochos, Saiões e outros etcetras, mas que a veia poética dele ainda tem muito que andar para chegar aos calcanhares das deles.

      Grande abraço em nome do dito cujo,
      Nuno Rebocho

      Eliminar