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António Rosa |
João Folião
foi ao mercado comprar
um pião,
com quatro moedas
que tinha na mão.
Partiu o porquinho
e com mais um pouquinho
que deu tio João,
lá vai pelo caminho
com o seu dinheirão.
Também quer uma guita,
que seja bonita,
que faça um vistão.
Já se vê no meio
lá do quintalão,
durante o recreio
lançando o pião,
fazendo furor
entre os companheiros,
que ele é dos primeiros
em tal função.
Lançando por cima
ou até de carena,
já se vê na cena
como um campeão.
Tropeça na pedra,
quase cai no chão,
tal é sua pressa
de ter o pião.
Chegado ao mercado,
que desilusão.
Venderam o último,
instantes atrás,
a outro rapaz
lá do quarteirão.